Dengue: alerta em Barretos, Ribeirão Preto e São Sebastião.
Três municípios paulistas têm percentuais de infestação predial pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, que caracterizam uma situação de alerta: Barretos (1,5%), Ribeirão Preto (1,5%) e São Sebastião (2,3%). Os dados são do Levantamento Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), divulgado hoje em Brasília pelo Ministério da Saúde. A capital São Paulo apresenta um índice de 0,4%, considerado satisfatório por estar abaixo de 1%, como é o caso também de Araçatuba, Campinas, Itu, Osasco, Presidente Prudente, Santos e S. J. do Rio Preto.
O objetivo do trabalho foi apurar a infestação nos 171 municípios com características propícias à proliferação do Aedes Aegypti, ou seja, com alta densidade populacional, cidades turísticas e de fronteira, por exemplo. Desse total, 146 já enviaram os resultados à Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue, do Ministério da Saúde.
Realizado entre a última semana de outubro e a primeira de novembro, numa parceria do ministério e secretarias estaduais e municipais de Saúde, o LIRAa indica os municípios onde há risco de surto de dengue, permitindo que os gestores planejem melhor a prevenção da doença.
O levantamento é feito da seguinte maneira: o município é dividido em estratos, ou seja, grupos de 9 mil ou 12 mil imóveis. Em cada grupo, 450 imóveis são visitados por agentes de Saúde. Os estratos com índice de infestação superior a 3,9% são considerados de risco. Os que apresentam infestação inferior a 1%, por sua vez, estão em condições satisfatórias. Em situação de alerta ficam os estratos com percentuais entre 1% e 3,9%. Dessa forma, o LIRAa deixa bem claras para o gestor de Saúde as regiões do município onde a prevenção deve ser mais rigorosa.
O Secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Gerson Penna, observou que, mesmo onde os índices de infestação são considerados satisfatórios, os cuidados com a dengue devem continuar. “Não podemos desviar a atenção da dengue; o esforço deve ser continuado”, disse.
Em comparação ao levantamento realizado no final do ano passado, o LIRAa 2007 mostra que o percentual de estratos (grupos de 9 mil ou 12 mil imóveis) com risco de surto de dengue caiu de 17% para 10,6%. Quanto aos estratos satisfatórios, o índice aumentou de 37,7% para 54,2%. O Secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Gerson Penna, observa que, mesmo onde a situação é satisfatória, não se pode relaxar na prevenção, uma vez que o quadro pode mudar rapidamente.
O LIRAa é uma das principais atividades de prevenção desenvolvidas no final do ano como preparação para o período entre dezembro e maio, de maior incidência dos casos de dengue. Criado pelo Ministério da Saúde em 2003, já desperta a atenção de outros países, que manifestaram interesse em adotá-lo. Sua principal vantagem é uma maior rapidez em relação ao método tradicional, em que os agentes visitam casa por casa, num trabalho que leva, em média, dois meses para ser concluído.
Os resultados: De janeiro a setembro deste ano, foram registrados no país 481.316 casos de dengue clássica, 1.076 de dengue hemorrágica e a ocorrência de 121 óbitos. Do total de casos, 43% concentram-se em pequenos e médios municípios, com menos de cem mil habitantes.
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