quarta-feira, 18 de abril de 2007

Falhas de hard disk no mundo real.

O que um MTBF de 1.000.000 de horas significa para você usuário de micro computador? Essa e a pergunta que da início a apresentação do trabalho da doutora Bianca Schroeder, Phd em Ciência da Computação pela Universidade Carnegie Mellon, e do doutor Garth Gibson Phd em Ciência da Computação pela Universidade de Berkeley, que foi desenvolvido na Universidade "Carnegie Mellon". Uma pesquisa avaliando a porcentagem de falhas em hard disk comparada a declarada pelos fabricantes, o trabalho é extremamente valioso porque tem números estatístico para nos dar a certeza de sua validade, foram usados nesse trabalho 100.000 hard disk de diferentes fabricantes e de vários tamanhos, o trabalho foi realizado em 8 meses, de dezembro de 2005 a agosto de 2006 e foi apresentado na "Conference on File and Storage Technologies" realizada em fevereiro de 2007 na cidade de San Jose, Califórnia.
As falhas dos componentes dos computadores em empresas estão se tornando mais e mais preocupantes, o estudo do MTBF analisou as falhas e as trocas de hard disk que estavam trabalhando em empresas onde são submetidos a trabalhos ininterruptos, como por exemplo sites de serviços na Internet, foram analisados 100.000 hard drivers e alguns com cinco anos de vida, nesse universo tinha hard disk SATA, SCSI e FC (Fiber Channel), os folhetos com as especificações técnicas destes discos especificam um MTBF de 1.000.000 a 1.500.000 de horas, e isso sugere uma falha nominal de mais ou menos 0,88%. Na pesquisa o que se verificou foi que o numero de reposições de discos é tipicamente maior do que 1%, sendo de 2 a 4% muito comum e em alguns sistemas esse número chega a 13%.
O que estes números sugerem é que as reposições de hard disk necessárias são bem maiores do que a que é prevista pelos números do MTBF nos folhetos dos fabricantes.
Ficou evidente na pesquisa que o numero de discos que são repostos não tem uma relação constante com a idade do hard disk, e mais do que significativo número de defeitos em discos novo, observou-se uma significante degradação dos discos com pouco tempo de uso, claro que o numero de reposição teve crescimento constante com a idade dos discos, e a data para durabilidade dos discos esta em cinco anos.
As substituições variaram com pouca diferença com relação aos discos SCSI, FC e SATA isso nos indicou que fatores independentes como condições de operação afetam mais os números de reposição de discos.
Este é um resumo do trabalho dos pesquisadores que tem 16 páginas estou estudando uma forma de publica-lo em português, mas é grande a dificuldade de tradução dos termos técnicos. Para melhor elucidação do trabalho irei publicar um apanhado de opiniões de especialistas em hard disk sobre esse assunto.

Será permitido o uso do artigo desde que seja citada a fonte e o autor (LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998).

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