quinta-feira, 28 de junho de 2007

O mercadologo, o distribuidor e o marketeiro.

O ano transcorria calmo, as decisões tomadas afetariam uma vida, mas foram necessárias.

O mercadólogo - profissional da área de marketing que estuda empresa, produto, mercado. Na empresa faz o levantamento do produto e ou serviço, da área de concepção até a entrega para o consumidor final. Nesse longo caminho já se faz a determinação do chamado ciclo temporal de um produto e ou serviço e será do cálculo desse tempo que sairá o planejamento financeiro, o planejamento da coleta de insumos, o planejamento do transporte dos insumos a área ou áreas de produção, o planejamento do armazenamento caso necessário for e o planejamento da distribuição.

Cada uma das fases citada possui desdobramentos que dariam assunto para escrever por horas, ou mesmo dias, mas não é meu objetivo e mesmo porque a visão descrita do chamado ciclo da produção está incompleta, mas nos dá uma idéia da complexidade de todo o processo. Saindo da produção teremos a área humana da empresa que ela como um todo recebe um tratamento muito especial, desse "elemento" dependerá toda e qualquer ação será ele o responsável final pelo sucesso ou fracasso da empreita, cada vaga será minuciosamente analisada e descrita com detalhes que impressionaria os roteirista de cinema, e para cada papel a ser desempenhado, do protagonista principal ao figurante mais simplório, a escolha deverá ter um critério de valor para que cada peça se encaixe com a harmonia de uma música clássica.

O produto, bem os cuidados com o objeto de nosso esforço será tão ou mais minucioso do que os já descritos, e aqui começa um trabalho que as planilhas e os números podem deixar os cálculos de uma projeção de megasena com muita inveja, vamos do levantamento da necessidade a ser satisfeita, até mesmo a criação ou desenvolvimento de uma, passando por todo um estudo psicológico de atitude positiva a desejos intrinsecamente inerente ao indivíduo (as mulheres que me perdoem se os termos denotam masculinidade, não era para tal, mas eu não os criei) chegamos às análises das necessidades humanas passando pelas primarias, ou básicas, aquelas que o individuo tem e muitas vezes não se dá conta, como instintiva que é a de respirar para não morrer, a aquelas que faz com que o alter ego se pronuncie mostrando a todos quão egoísta o ser humano pode ser, a disposição do valor de pagamento para aquisição passa por minuciosos testes, que se exemplificarmos escreveríamos não um, mas vários livros, a psicologia, a sociologia, a arte, as letras, e tantas outras áreas passam pelo processo, e os conhecimentos básicos dessas matérias irão ser determinantes para que se avalie o resultado final do trabalho. A cor, o tamanho, a forma, a durabilidade, todos esses detalhes serão minuciosamente estudados, planejados, descritos e seguidos.

A comunicação, a estratégia, os veículos a serem usados, tudo será descrito de forma cautelosa, mas sempre com audácia.

A distribuição, seu ciclo, sua forma, a disposição do produto no ponto, e mais um sem fim de detalhes irão compor esse roteiro, que por mais que eu queira transcreve-lo aqui, ele não terá nunca uma porcentagem significativa de toda a sua complexidade.

A estratégia fará parte da primeira linha desse trabalho e irá acompanha-lo até a derradeira. Seriamos ser muito simplista querer descrever aqui a complexidade de um trabalho que aos mestres ( Kotler, Mcarthy, Stanton e outros) distinguiu com coletâneas de livros que chegam as raias de se assemelharem a enciclopédias, tal a quantidade de volumes que foram escritos. Não ia ser esse humilde servo e aprendiz que iria ser arvorar de representante ou de porta voz de assunto de tal magnitude, na realidade sou um observador, uma testemunha que está o tempo todo em constante transformação.

Dentro do processo da concepção de um produto e ou serviço, o distribuidor, o sistema de distribuição, tem papel de suma importância, sem ele nada acontece, mas em tempo algum terá preponderância maior do que o todo, uma vez que é parte dele, ao assumir a sua verdadeira função fará com que o processo tenha seu ciclo em prosseguimento ao que fora anteriormente planejado. A cada nova adição que for feita ao ciclo sem que a ordem pré-concebida seja respeitada, teremos um atraso em toda a estrutura e muitas vezes o sepultamento de uma idéia grandiosa, a cada ator cabe-lhe desempenhar o papel que lhe foi determinado, porque só assim termina-se a construção do todo, as engrenagens são todas importantes, se uma quebrar ou faltar todo o processo para, do mais simples ao mais complexo fator todos tem sua importância, sua complexidade, seu envolvimento e de seu bom ou mau desempenho teremos no resultado final a marca indelével do fracasso ou do sucesso. Nada em momento algum ou em situação alguma poderá ser "mais real do que o rei", a força da união das partes sempre será o segredo da força do todo, e só a compreensão disso levará a cabo qualquer que seja a tarefa a ser realizada.

Ao pesquisar pela Internet, me deparei com um livro de título "O Falso Brilhante", que estarei lendo na seqüência. Ao refletir sobre o que viria ser o tema central da idéia que agora desenvolvo, me ocorreu que independente da abordagem que o autor tenha dado ao livro ou mesmo de qual foi o "approach" usado no seu desenvolvimento eu tenho em mim que em marketing temos, além da chamada miopia mercadológica que "enterrou" boas idéias e levou promessas ao fracasso, o chamado "falso brilhante" e esse eu classifico como o "Marketeiro", se arvora de algo que não tem a menor idéia do que vem a ser, e além de se apossar do título e cometer as maiores barbaridades, promove o desengano através do processo da desinformação, por não saber que é dela que sai todas as estratégias, compromete todo o processo sem ter noção que essa atitude será a mãe de seu próprio insucesso. Leva centenas e muitas vezes milhares de pessoas ao fracasso para em uma próxima oportunidade se acercar de novos "amigos" e dar ao seu próprio insucesso e fracasso a capa de que outrem se não ele mesmo com sua incapacidade de analisar, fora responsável pela situação que lhe causou incomodo, ao lhe faltar o devido embasamento e na sua já propalada e conhecida falta de humildade para entender que nada será feito, construído ou concebido sem que as partes formem o todo, enterra idéias, projetos, produtos e empresas. O palco pré-determinado de sua atuação passa pela soberba e pela incapacidade de argumentação, indo ao desespero de atitudes imperiosas e destemperadas onde voltamos a origem do "quem grita mais leva", como se tudo não passasse de uma grande feira de variedades onde a obsolescência está em oferta por não ter mais serventia.

Assim posso garantir que mesmo que tenha sucesso financeiro está fadado ao fracasso profissional e dependerá eternamente da quantidade de pessoas que existe até que um dia o universo em sua infinita sabedoria complete o ciclo e se feche a sua volta fazendo com que sua verdade apareça e nesse momento teremos o fim do espetáculo, fecham-se as cortinas.
Não há aplausos, somente a turba enfurecida na sua insana sede de vingança, e nesse momento a celebre frase - "Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo" (Abraham Lincoln), vem a tona na sua plenitude, exigindo não vingança, mas justiça.

Não se enganem, acontece, porque a nossa verdade por mais feia que seja, por pior que seja, será sempre a nossa verdade, não sendo possível a sua dissociação do indivíduo a qual é inerente.

A você Gregório, que ontem aos vinte e sete dias do mês de junho do ano de 2007 da glória do senhor, completou 13 anos. Você que é prova e testemunha de minha não tão significante existência nesse plano do universo. Concebi este texto em mais uma de minhas divagações, na esperança que você o leia e entenda que a verdade tem sido para seu pai o norte que permeia a escuridão dos meus dias permitindo assim que a luz pura e cristalina me guie até a minha mudança de endereço definitiva. Cultive-a, porque valerá a pena.

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