quarta-feira, 25 de julho de 2007

MMN e Esopo

Quem foi Esopo:
Seis séculos antes de Cristo nascer, um escravo grego chamado Esopo escreveu algumas das obras mais importantes da literatura universal.

As fábulas de Esopo traziam animais que representavam a alma humana, com toda sua sujeira e toda sua grandeza - a vida de escravo deve ter servido bem à isso.

Coube ao poeta Francês Jean de La Fontaine recuperar e reunir os textos de Esopo, isso lá pelos idos do século XVII, num livro chamado 'Fábulas escolhidas'.

A moral no final de cada uma das estórias é a grande sacada de Esopo - Fontaine - onde adultos e crianças param e pensam onde se encaixam na sociedade.

Todos calhordas e heróis estão nas fábulas.

La Fontaine é considerado o pai da fábula pela pesquisa que fez sobre a forma e por resgatar estórias esquecidas pelo tempo.

Uma das fábulas mais famosas de Esopo é, O Asno, a Raposa e o Leão. E vou coloca-la aqui para que leiamos e quem sabe possamos exercitar nosso raciocínio, ao faze-lo pode ser que algumas coisas se aclarem em nossas mentes, pode ser que não. Mas o que temos a perder?
Leiam.

"Um asno (vocês podem trocar pelo que quiserem ou por quem), uma raposa (idem) e um leão ( ele é leonino, e todos se lembram - A parte do leão) aliaram-se para sair atrás de alimento (o que acham que cabe aqui?).

A raposa, mais astuta, arquitetou o plano, o asno, mais burro, fazia muito barulho galopando ia à frente pela selva para alertar os animais da presença do Leão.

O Leão, sendo mais forte, capturava os animais, mesmo fugidios.

Ao fim da caçada, o leão pediu a raposa que dividisse a caça em três partes iguais. Feita a partilha, o leão voou no asno e devorou-o, depois disse sonso para raposa: A primeira parte é minha, por ser o rei da selva. A segunda parte é minha por ser teu sócio e a terceira parte é minha se você não quiser que aconteça contigo o mesmo que fiz ao Asno.

Moral da História:
Cuidado com quem você se associa, os mais fortes sempre ganham no final.

Essa estória é que é atribuida a Esopo, que teria sido contada por La Fontaine. Mas eu não havia lido ou tido conhecimento desta fabúla, a que conheço difere desta um pouco ainda que na essência me pareçam iguais.
Todas a fábulas de Esopo retratam o cotidiano que ele vivia, em uma época e em um ambiente completamente diferente do nosso e de nossa realidade, uma distância quase que impossível de se imaginar, isso é o que mais me impressiona. A atualidade das fábulas e como se encaixam em nosso dia dia. Me coloco a pensar que tudo é ciclico, a vida é realmente um vai e vem assim como os costumes, a moda, o que nos difere de nossos antepassados seria a nossa suposta evolução, e isso me choca e me faz colocar aqui a pergunta que ecoa em meu íntimo tirando meu sono. Onde foi que evoluí? Coloque-se em uma realidade passada e sentirá diram alguns, mas eu penso - Sim, mas hoje a minha realidade é outra, e nesse contexto atual esquecendo-se momentâneamente do passado ( se é que isso é possível) onde estaria minha evolução? Alguém poderia me responder? Esqueçam-se da modernidade e passem ao exercício da aglutinação de idéias advindas de seu íntimo, e não me respondam, mas sim respondam a si próprio em primeiro lugar, exercitem a capacidade auditiva e se escutem, após isso com coerência, me passem o resultado.

Houve tempo em que fui mais esperançoso, não com o que acontece comigo, mas, sim com a realidade dos que estão a minha volta. Hoje já não tenho nem a esperança nem a certeza. Evoluir na era da informação tem obrigatóriamente que estar ligado a se auto educar, a ler a se informar e a buscar a verdade, mas não a minha verdade, e sim a sua verdade. Eu dirigo minha vida porque não lamento minhas mazelas, e porque sou responsável pelos meus atos, não me deixo dirigir, mas tenho a humildade de perguntar - Qual a direção a tomar para que eu possa alcançar o meu caminho? Seja qual for a resposta eu me preparei para pensa-la repensa-la e analisar se me serve, ou se tenho que continuar minha busca. Não me ponho a caçar ou negociar com o leão, tenho consciência de minhas limitações.

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