A interferência no consumo de energia pode ser relacionada à algumas variáveis, tais como: elementos construtivos da envoltória, orientação dos compartimentos, tamanho de vãos de abertura, posição das esquadrias, número e tipo de lâmpadas e luminárias, equipamentos de condicionamento de ar e demais equipamentos, assim como uso adequado dos aparelhos, mantendo-os sempre em boas condições.
Vários motivos tornam a economia de energia imprescindível, pois a ‘redução da demanda de energia elétrica permite uma redução da necessidade de expansão do setor de produção de energia’ (Pedrini, 2011).
Pode, ainda, reduzir custos de investimentos e o impacto ambiental, além de outros benefícios, tais como:
Redução dos custos operacionais do edifício através da redução das dimensões de equipamentos e infraestrutura;
Redução nos custos de manutenção, melhoria das condições de trabalho;
Aumento do valor do edifício e do retorno do investimento;
Melhoria da relação do edifício com a comunidade, como redução de ruídos e de descarga de calor dos sistemas de ar condicionado. (WORLDBUILD, 2001).
Eficiência do envelope
As edificações devem ser pensadas a fim de proporcionar conforto ambiental aos seus ocupantes sem que para isso seja necessário um consumo exagerado de energia elétrica. (PROCEL, 2004).
Pode-se entender então, que a edificação é o elemento que ‘intermedia as relações entre o meio ambiente externo e o microclima interno criado’ (RIBEIRO, 2010), e que a forma da edificação pode contribuir de maneira positiva ou negativa com a ventilação e iluminação natural e também com os fluxos térmicos. Os dois primeiros, ventilação e iluminação, podem surgir como elementos de projeto e favorecer na composição arquitetônica:
"[...] através do próprio desenho arquitetônico, sem outras considerações além das que dizem respeito ao lugar, clima, às orientações, à insolação, podem ser melhoradas as condições de habitat antes de se recorrer a técnicas ou sistemas tecnológicos. (CUNHA et al, 2006)."
Os elementos construtivos, tais como paredes e coberturas, podem permitir um ganho excessivo de calor, quando dimensionados erroneamente para a região geográfica na qual se encontra. Os projetos que visam reduzir a iluminação e condicionamento artificiais, e consequentemente diminuir o consumo de energia, têm de levar em consideração variáveis e princípios que muitas vezes não recebem a devida atenção nos projetos arquitetônicos. É fundamental a preocupação com o isolamento térmico dos componentes da envoltória (paredes externas, coberturas, vidros), a inércia térmica, assim como a proteção à insolação direta nos locais mais quentes e o aproveitamento da luz natural difusa, entre outros.
Eficiência dos equipamentos e sistemas
Quanto ao sistema de iluminação os projetos luminotécnicos devem ter como principal objetivo reduzir a potência instalada, através da substituição por equipamentos (lâmpadas e reatores) com eficiência energética e vida útil maiores, no entanto assegurando a qualidade da iluminação para cada atividade a ser desenvolvida nos locais, de acordo com as normas técnicas pertinentes. O aproveitamento da luz natural na divisão do acionamento dos circuitos e implementação de sistemas de controle da iluminação também interferem no consumo de energia do sistema.
O sistema de condicionamento artificial, responsável pela maior parte do consumo de energia dos edifícios comerciais e públicos, deve ser projetado de forma a prover o conforto térmico aos usuários com o menor consumo possível, utilizando equipamentos eficientes energeticamente. O projeto observando o cálculo de carga térmica correto e o atendimento às normas técnicas, levando em consideração questões como a renovação de ar, isolamento das tubulações do sistema, dentre outros é fundamental.
OPERAÇÃO
O diagnóstico energético é um trabalho realizado com o objetivo de analisar condições de operação de motores, sistemas de iluminação, transformadores, elevadores, sistemas de ar condicionado e outros.
Esta análise visa observar as condições de operação dos equipamentos comparando com o seu correto dimensionamento e suas condições de operação, a fim de identificar pontos de desperdício de energia.
Medidas operacionais também são analisadas neste tipo de trabalho. Elas identificam a mudança de horários de funcionamento de determinados sistemas, assim como o deslocamento de cargas para horários onde o pico da demanda esteja menor, a fim de melhorar o fator de carga da instalação e diminuir o valor da demanda contratada.
É importante ressaltar que todas as medidas apontadas em um diagnóstico energético visam melhorar a eficiência e eliminar o desperdício, mantendo o mesmo nível de produção e conforto estabelecidos para o bom funcionamento da organização. Um bom exemplo de desperdício de energia na operação é se em algum momento, durante o verão, você sente frio em um ambiente condicionado ou necessita levar um “casaquinho” para usar neste ambiente.
MANUTENÇÃO
Para reduzir o desperdício de energia uma ação importante é a criação de um programa de manutenção preventiva. A manutenção preventiva permite a eliminação de problemas que venham a ocasionar desperdício de energia, possibilidade de riscos de acidentes com pessoas e prejuízo ao patrimônio da organização.
Para facilitar o trabalho da equipe de manutenção é preciso informar aos usuários os dias e horários das vistorias, assim é possível a realização do trabalho. É importante também que se tome consciência que a realização da manutenção de forma preventiva é muito mais econômica que solucionar os problemas só depois que eles ocorrem. A manutenção e limpeza de luminárias e de filtros de condicionadores de ar, por exemplo, mantém o bom desempenho dos sistemas e reduzem o consumo de energia.
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Fonte: MME Governo Brasileir
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